O Design Thinking tem se tornado uma abordagem cada vez mais comum em diversas áreas, incluindo na educação, onde se destaca como uma metodologia pedagógica que incentiva a aprendizagem ativa dos estudantes. Esse modelo surge como ferramenta fundamental em um mundo em constante transformação, trazendo um novo olhar para o processo de ensino.  

Mas, o que é Design Thinking?

Trata-se de um modelo mental centrado nas pessoas, que tem como intenção solucionar problemas complexos de forma criativa e inovadora. Ele parte da análise do problema e busca soluções com base na observação e compreensão dos fenômenos, se apoiando em pilares, como, colaboração, empatia e a experimentação, que propiciam um ambiente fértil para a autonomia e protagonismo do indivíduo. 

Quando paramos para refletir sobre as práticas pedagógicas na educação, percebemos que o método tradicional de ensino, baseado na transmissão do conhecimento, muitas vezes não favocere o desenvolvimento significativo dos estudantes, já que o mesmo coloca o professor na posição de detentor do conhecimento, restringindo o aluno de exercer sua autonomia no processo de aprendizagem.
Autores como Freire (1996), Papert (1994), entre outros, enfatizam que a autonomia é algo essencial ao processo de desenvolvimento do indivíduo e que essse aspecto se constrói quando o mesmo vivencia situações em seu cotidiano, interagindo com o ambiente e criando soluções e adaptações frente aos desafios que encontra. Levando em conta essa realidade, a Educação Maker surge como oportunidade enriquecedora de transformar o contexto escolar, criando espaços para que os estudantes possam assumir o papel de protagonistas do próprio aprendizado.

Pensando nos projetos Makers feitos nas escolas, o Design Thinking se mostra como uma ferramenta importante que favorece a criação de soluções inovadoras e práticas dentro do ambiente escolar, com seu foco no desenvolvimento de habilidades criativas, colaboração e resolução de problemas reais, que se alinham com os princípios da Educação Maker. Ele envolve um processo de entender o problema, idealizar soluções, prototipar e testar, promovendo a construção ativa do conhecimento. 

 

Nesse processo, o professor atua como um mediador, propondo projetos desafiadores, que podem incentivar os alunos a se envolver em problemas do cotidiano, desenvolvendo soluções que sejam não apenas funcionais, mas também relevantes e impactantes para a comunidade escolar e além dela. Esse processo promove a autonomia

dos estudantes, pois eles são incentivados a experimentar, a aprender com seus erros e a aprimorar suas ideias com base em feedbacks contínuos.

Além disso, permite que os alunos conectem conteúdos de diversas áreas, como ciências, matemática, artes, dentre outros, criando soluções integradas e inovadoras. Nesse sentido, o uso do Design Thinking nos projetos Makers ajuda a desenvolver habilidades do século XXI, como pensamento crítico, criatividade, colaboração e comunicação. Abre-se um espaço para que os estudantes, desenvolvam habilidades técnicas e criativas, além de se tornarem mais autônomos, protagonistas e agentes transformadores em suas próprias trajetórias de aprendizado.