CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE E SUA CONEXÃO COM O MOVIMENTO MAKER
Quando falamos em metodologias ativas e aprendizagem significativa, é impossível não pensar em Paulo Freire. Suas ideias continuam a inspirar práticas pedagógicas centradas no estudante, entendendo-o como sujeito ativo da própria aprendizagem, alguém que constrói conhecimento a partir da sua realidade, experiências e do diálogo com o outro.
Ao analisarmos o movimento maker, vemos uma forte conexão entre essa perspectiva freiriana e a cultura do “faça você mesmo”. A relação entre aprender com sentido e aprender fazendo fica clara, e é justamente sobre essa ponte que vale a pena refletir.
Paulo Freire: Aprender é Transformar
A pedagogia de Freire se baseia no diálogo, na escuta ativa e na valorização dos saberes prévios de cada educando. Para ele, ensinar não era transferir conhecimento, mas criar as condições para que o aluno construísse o seu próprio saber. Como Freire mesmo disse:
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Freire defendia uma prática educativa onde o aluno se envolvesse de forma crítica com os conteúdos, sempre contextualizando o aprendizado com o mundo em que vive. Ele também reforçava:
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.”
Essas ideias demonstram que o processo educativo precisa estar vinculado ao cotidiano e à ação, o que nos conecta diretamente ao universo do fazer.
O Movimento Maker: Mão na Massa com Intenção!
No movimento maker, o protagonismo estudantil se materializa por meio da experimentação. Ao criar, testar, errar e recomeçar, o estudante vivencia o conteúdo de forma prática e significativa. O erro é encarado como parte do processo, não como um obstáculo. A aprendizagem vai além da teoria e se concretiza em projetos reais, desafios colaborativos e descobertas pessoais.
Ao colocar a mão na massa, o aluno desenvolve não apenas habilidades cognitivas, mas também competências socioemocionais e técnicas, como pensamento crítico, autonomia, empatia e resolução de problemas. Tudo isso se alinha diretamente com a pedagogia de Freire, que vê o aprender como uma prática de liberdade.
Onde os Caminhos se Encontram
Tanto a pedagogia de Paulo Freire quanto o movimento maker colocam o estudante como protagonista do seu próprio aprendizado. Em ambas as abordagens, o professor atua como mediador, incentivando a reflexão, a criatividade e a ação transformadora.
Ao unir essas duas perspectivas, criamos espaços de aprendizagem mais autênticos e colaborativos, que estão em sintonia com a realidade dos alunos. É possível ensinar com propósito, aprender com significado e transformar a escola em um ambiente vivo de escuta e criação.
Como freire nos lembra:
“Ensinar exige curiosidade.”
E é essa curiosidade que move tanto a pedagogia freiriana quanto o movimento maker.
Para continuar refletindo e criando…
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