Dia Nacional da Matemática: Explorando conceitos matemáticos com práticas maker!

 

O Dia da Matemática é comemorado em 06 de maio no Brasil, homenageando o nascimento do matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan, que popularizou a matemática com histórias criativas e acessíveis. Um dos objetivos dessa data é ressaltar a importância da matemática em nosso dia a dia, como uma ciência viva, mesmo após milhares de anos de sua existência. 

Nesse dia, também é importante refletirmos sobre como a matemática é ensinada nas escolas em nosso país. Durante muito tempo essa disciplina foi apresentada de maneira mecânica, baseando-se na repetição de fórmulas e exercícios desconectados com a realidade dos estudantes. No entanto, essa data nos convida a repensar esse modelo, abrindo espaço para abordagens mais significativas, criativas e conectadas ao cotidiano. É uma oportunidade para transformar a matemática em algo vivo, acessível e inspirador, despertando o interesse e o encantamento dos alunos pela lógica, pelos desafios e pelas possibilidades que essa ciência oferece. 

Nesse movimento de ressignificação, surge a proposta de integrar as práticas maker como uma estratégia inovadora e engajadora. A cultura maker, baseada na ideia de “aprender fazendo”, propõe que os estudantes se tornem criadores ativos de soluções, e não apenas receptores de conteúdo. Quando aplicada à matemática, essa abordagem permite que os alunos visualizem e manipulem conceitos abstratos por meio da construção de objetos, resolução de problemas reais e uso de tecnologias. Com isso, o aprendizado se torna mais significativo, pois conecta a teoria à prática, estimula a autonomia e fortalece a compreensão dos conteúdos de forma lúdica e concreta.

Essa mudança de perspectiva no ensino da matemática tem sido defendida por diversos educadores e pesquisadores, como Élton Meirelles Moura, que destaca a importância de práticas pedagógicas criativas, colaborativas e centradas na ação do estudante. Em seus estudos, Moura propõe uma matemática viva, construída a partir da experimentação, da curiosidade e da resolução de problemas reais, em que o erro é parte essencial do processo de aprendizagem e o fazer ganha protagonismo na construção do conhecimento.

Pensando nisso, as práticas Maker, que envolvem experimentação, construção e resolução de problemas com a mão na massa, oferecem uma poderosa estratégia para explorar conceitos matemáticos de maneira concreta e lúdica. Ao construir formas geométricas, medir materiais, montar estruturas ou programar pequenos dispositivos, os alunos não apenas aprendem Matemática, mas vivenciam-na como ferramenta para criar, pensar e transformar o mundo.

Ao construir formas geométricas com palitos e massinha, por exemplo, eles compreendem melhor conceitos como vértice, aresta, plano e dimensão. Quando precisam medir materiais para montar uma ponte, uma rampa ou um carrinho, trabalham diretamente com unidades de medida, proporção, estimativa e cálculo. Ao organizar os passos de um projeto, praticam sequências lógicas, planejamento e resolução de problemas, todos elementos fundamentais do pensamento matemático.

Essa abordagem ativa transforma o estudante em autor do próprio aprendizado, pois ele constrói, testa, erra, ajusta e tenta de novo. Dessa forma, ao integrar práticas maker no ensino da Matemática, aproximamos o conteúdo da realidade dos estudantes, valorizando o fazer, o pensar e o criar como formas legítimas de aprender.

É a Matemática que sai dos livros e ganha vida nas mãos e nas ideias de quem aprende.